____Oscar Wilde infernizando minha vida.
____Vou contextualizar:
____É bom pensar que se é persuasivo. Que todos concordam com você pela sua argumentação. Até pensa-se em ser advogado. "Dono da verdade?" Não, apenas poder com as palavras.
____Até que ouve-se essa frase... "Não sou jovem o suficiente para saber tudo". Até aí, só aquela pulga atrás da orelha.
____A frase fica, algumas vezes você ouve o eco dela, aleatoriamente...
____Até que acontece.
____O ápice, o clímax.
____Numa conversa, inicialmente amigável, surge um assunto polêmico. Você tem uma opinião formada e a defende avidamente. Até que você se dá conta de que está conversando com uma pessoa ignorante, que apelará até que você pense "Chega, não aguento mais ouvir tanta besteira", e desiste da discussão.
____Aí você ouve uma voz, que julga ser a de Oscar Wilde... "Não sou jovem o suficiente para saber tudo". FDP. Você percebe que nunca tinha perdido uma discussão pelo seguinte motivo melancólico: sim, você é jovem o suficiente para isso, enquanto todas as pessoas que você supostamente "convenceu", não o foram.
____Você percebe que a pessoa com quem você desistiu de conversar/convencer e considerou ignorante, só é tão orgulhosa quanto você sempre foi. E não, você não amadureceu, você não deixou seu orgulho de lado ao desistir da conversa. Você só se cansou, pela primeira vez. Você nunca teve razão, você só sempre foi jovem, no sentido entristecedor da frase.
____Sabe quando as pessoas citam sua frase preferida, sua inspiração? Eu nunca tive, na verdade não tenho. Mas se um dia alguém me perguntar, citarei essa que dá nome a esse texto, dizendo que é a frase que me faz calar a boca de vez em quando.