Ao anoitecer, sempre tento rezar antes de adormecer.
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Peço, para quem quer que seja, para quem quer que eu acredite, que me tire a ansiedade, que me ensine a esperar com calma e piedade.
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Agora, páro e penso. Que mero mortal nesse extenso e complicado mundo é tão perfeito ao ponto de esperar cada um desses minutos.
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Tenho que pedir diferente.
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De agora em diante, meu pedido será não precisar e não querer esperar.
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Que o agora seja tão bom, que a espera seja dispensável. E que mesmo que não esteja tão bom, que eu, então tenha consciência de que é passageiro.
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De que não é preciso esperar, isso simplesmente vai passar.