segunda-feira, 19 de março de 2012

Introdução

______É engraçado como a vida acontece, principalmente pra quem quer ter controle sobre tudo.
______Achamos que determinada situação será duradoura, ou até mesmo eterna. E, enquanto perdemos tempo pensando nessa eternidade, já acabou.
______Por outro lado, às vezes vivemos situações para as quais nem ligamos, as quais pensamos ser só uma brisa que passou errante por nossas vidas. E é aí que acontece: essa brisa volta. Acho que são raras as ocasiões em que ela volta. Mas, quando acontece, a brisa deve ser sentida.
______Enfim, ela volta e, dessa vez, já a sentimos de forma diferente, com outra percepção e perspectiva. Dessa vez, nós realmente a percebemos, pois ela voltou em momento oportuno, quando não nos guardamos para nenhuma eternidade. E guardamos, com todos nossos sentidos, o toque, o som, o pensamento e o arrepio que essa brisa causa.
______E, então, vamos ficando íntimos, a brisa às vezes vira até constante em nossas vidas. Da primeira vez nem percebemos o que fingimos ser imperceptível: da primeira vez, a brisa deixou uma semente. Semente que não nos deixamos cultivá-la, tentativa de manter a vida em seus eixos.
______Foi aí que eu entendi: a vida não tem eixos. Ela voa. Seja o destino, a sorte ou a pura e inocente concidência, a vida nos deixa cara a cara, novamente, com a brisa familiar. A semente adormecida e guardada é acordada e plantada por aquela brisa. Então, cultivemos-a. Para que a semente germine e crie um livro com todos seus seguintes capítulos.